quinta-feira, 30 de outubro de 2008

(suspiros)
Saudade é um negócio que só existe em português.
Mérito? Claro que sim, afinal saudades acabam funcionando como um medidor para o gostar.
Essa semana me bateu no peito o tal ‘sentir falta’ não de alguém... ok, levando em consideração que sinto falta de uma cidade, algumas pessoas estão inclusas também.
Sinto falta de Belém do Pará.
Cidadezinha quente, mas calorosa ao meu ver.
Brinco com meus amigos que cheguei lá ano passado para morar só e, não conhecia a cidade, porém Belém se apresentou para mim. Cidade grande.
Falta do clima, do acordar e já puxar um marlboro a caminho da parada de ônibus.
Saudade de tomar ônibus...
Saudade da Marquês, sempre cheia de bares onde quando me encontrava sem dinheiro em plena sexta-feira, saia as vinte e uma horas caminhando até a bifurcação da avenida passando pelas tantas pessoas preocupadas somente em sorrir ou com a demora do chop.
Sinto falta da liberdade...não que eu não tenha aqui;
Sinto falta da solidão... não que eu goste.
É fato que o contentamento do ser humano está longe de ser conquistado

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Uma coisa que eu ainda não entendi; só porque estamos as vésperas do fim do ano que, de repente por alguma intervenção da própria consciência que tem de se começar a evocar fotos antigas, lembranças beem passadas, trocar cumprimentos e votos de boa esperança com pessoas o qual você passa o carnaval, o dia dos namorados, o aniversário e o resto dos feriados afastado porém, quando se está próximo de chegar o natal, sente esta... necessidade de semear o bem.
Ok.
Não consigo ser nada simpático em dizer em resposta a essas atitudes quanto tempo se passou, ou saudades que sinto de você.
Apenas agradeço e desejo o dobro.
Questão de amizades para mim está cada vez mais se tornando difícil, ou, sou eu que lendo Saramago ou Bukovsky acabo criando tendência a complicar tudo querendo tentar entender cada vez mais o que acontece ao meu redor.
Só temo me basear em Durkheim uma hora dessas e me deparar com o suicídio.


HuG

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Mindphones

Seguindo em frente, com um cigarro suprido da substância mais forte que o faça se prolongar por 3 cigarros normais; ouvindo a música mais bonita no último volume para que o mundo lá fora possa se calar unicamente para ele.
Não é egocentrismo, é prazer. é amor próprio.
Porque um dia disseram que antes de saber amar outra pessoa, saiba amar a si mesmo.
Ande.
'Keep walking'.
O som o leva a um transe e tudo passa por entre os seus óculos escuros como num clipe de música todo monocromático; esfumaçado; em sépia.
Pode sentir?
Traga a fumaça.
Em baixo daquela sombra olha em volta e vê tantas pessoas. E na sua quantidade tão comuns.
Firma o passo e anda em direção contrária ao norte.
Não finge estar em uma passarela, pois ele está em uma passarela onde escolhe o que vai ser tendência, onde escolhe o que vai tocar, onde escolhe quem vai ter o prazer de assistir a ele, estrelando ele!
As pessoas o olham passando sorrindo. Não elas, mas olham que ele sorri e, por alguma razão pensam que isso seja estranho.
Bobagem, não é nenhum pouco feio ser feliz, é diferente apenas.
Hoje em dia é diferente. E é esse o legal da coisa.
Olha em volta.
Os olhos se voltam em volta porque a cabeça está a mil e um pensamentos no sul e sudeste do país.
Pensa no amanhã, no trabalho, na faculdade...
-Óras, volte a realidade!

Então se deixa mais uma vez ser tomado pelo som profundo, com um meio sorriso saudoso, nostálgico, sereno e talvez esperançoso em sua inocência em acreditar em dias melhores e em palavras de futuros bons, que diz:

-"And it hurt with every heartbeat"...




HuG

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Sem plano de voo até o final do ano

(respeitando a nova gramática, voo sem acento de chapéuzinho)
Risos.
Eu sou um bicho estranho mesmo; pensei um dia que não só o sexo, mas tudo vindo da pessoa inteligente, culta poderia ser melhor. Poderia ser bem feito.
Errei.
A teroria de Durckeim teria tido mais valor se ele dissesse que o homem quanto mais inteligente, quanto mais sabedor da realidade, mais suscetível a auto-destruição está. E há várias formas de se auto-destruir em vida mesmo.
Morrer pela própria boca é uma delas.
Então as minha opções se esvaíram de vez de minhas mãos.
Talvez eu comece a ser fútil...
(Risos, foi mal a brincadeira Dudu)
Mas é que a situação da promiscuidade ainda não passa pela minha garganta. Um amigo dissera-me que penso assim por viver onde vivo. Que se morasse onde ele vive pensaria como ele.
Faz sentido.
Eu tenho receio de não saber lidar com esses anos que me faltam aqui.
Conforme vou crescendo, meu ago começa a não caber mais aqui. Falando assim pareço ser fútil... RS
Ando tendo conversas com a parte administrativo-financeira da minha vida.
Pode ser que mais breve que tudo isso que espero, eu possa ir de vez.
Pode ser que tudo isso possa de repente mudar; acabar.
Pode ser que não.

Estou lendo Saramago para ver se recupero a lucidez e resgato o afeto...
*está escrito lá atrás, espero que funcione.


HuG

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Quase a maioria das descrições são semanais, porém como amanhã se irá comemorar mais um feriado dos tantos que são comemorados, resolvi descrever um pouco por aqui.
Mesmo porque de tanto reclamar da tal falta de acontecimentos, resolveu isto que chamo de vida me acarretar váárias coisinhas.
Não vou listar aqui porque não estou com fins de acabar com a minha noite e muito menos de tornar isto (blog) um diário.
Não sou a Daniela.
Porém, senti a necessidade de desabafar...
Talvez o relativo destas coisas ruis seja a presença dos amigos que, acaba sendo fundamental e, cada vez mais querida.
Enfim, como diz Offer Nissim no seu cd novo que acabei de ganhar:
-I want see more happy people.

e como preciso.

Hug

*sumi

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Meu estado psicológico anda variando tanto que hoje se comparou ao estado climático de onde eu moro. De repente de uma hora para a outra chove. E chove forte.
Complicado é sentir falta de algo tão abstrato que mal você mesmo consegue definir. Quando te perguntam o motivo da tua tristeza você não consegue se explicar e, de quebra, ainda pensam que tuas preocupações e problemas são apenas sintomas comuns da adolescência narrada por um filho único; pois se na corrente de análises dos problemas do ser humano onde se diz para que não se entristeça pois, sempre tem alguém pior que você, eu tenho certeza que assim como o ''alguém'', eu sou um ''alguém'' para outro.
Não é questão de competição e nem penso que seja bonito ser triste; só a nível de informação mesmo... mero nível.
Penso estar na crise dos 30. Certo que ainda falte 11 anos para a idade de fato, mas como provado por váários filósofos que o meio sim te influencia, e levando em consideração que meus amigos são aqueles de maioria com as cabeças beem formadas, eu me encontro em um canto sim, ou encosto a cabeça na janela do avião na viagem de volta como diz um amigo '' da realidade doce para a realidade massante'', e me questiono sim sobre tudo o que fiz até hoje. Tenho idéia sim da situação da crise e a transfiro para a minha idade. Pergunto muito se eu fui eu o bastante.
Posso até imaginar: -papo confuso!
Mas entendo. As idéias brotam da mente e, quase que todas as vezes tem a haver coma fonte.
Eu já disse que não quero um livro, muito menos ser reconhecido.
Se aqui escrevo é unicamente porque faz parte de uma espécie de ritual para mim.
Acredito bem que quem vende seus livros quer reconhecimento. Agora um escritor quer somente desabafar no papel para conseguir dormir tranquilo.

HuG