Ouvi uma música estrumental onde só a sanfona se fazia presente.
Não sei se pelo fato das sei lá quantas doses de frozen, mas me peguei olhando a minha mão se abrindo e fechando, como num sucetivo desabrochar de uma flor.
O fato não é esse, mas sim a sensação.
Já pararam para classificar, ou pelo menos tentar dar um nome concreto a sensações pela qual você se pega de repente?
Hoje ouvi uma música que me dava a impressão de gueixas a dançarem sobre um campo de flores vermelhas ao desabrochar e, em vez de neve, plumas caiam sobre elas. Na feição nenhum sorriso; apenas dedicação.
Os movimentos dos mais complexos e perfeitos enchiam o campo dessa sensação que estava sentindo.
De repente vi que era um palco. Onde estava sentado na platéia ao adimirá-las. Me senti comovido e emocionado quando suspeitei de uma lágrima que se atrevera em tentar cair. Me contive.
Uma música composta especialmente e exclusivamente para aquele momento único.
As ruas passavam por nós acompanhando a sincronia da melodia.
A brisa gelada da madrugada dava a sensação de lugar novo; desconhecido. E não há nada mais empolgante que o descobrir. Taquicardia louca que faz o peito se estufar numa tentativa de conter-se a aquela alegria inesplicável.
Talvez alegria somente por se estar vivo. Tão simples que acaba se tornando tão complicado...
A noite vai acabando e consigo a lua vai levando essa brisa gostosa.
Nela não percebi, mas sim por mais uma vez tomei conta de que pequenas fortunas se encontram em sorrisos e em abraços amigos.
Uma troca perfeita: um aperto de mão por um sorriso.
HuG
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