terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Sinto.


Saudades de me embalar na rede da casa da minha vó e admirar o grande quintal dela. Se bem que não era tão grande assim, mas como eu era pequeno, aquilo tudo parecia um mundo a parte pra mim. Pequeno... saudades sinto das não-responsabilidades. Da vida fácil de ter sempre na cabeça a idéia de que existia um adulto pra resolver qualquer coisa pra mim. Preocupações como amor até hoje são complexas demais pra mim. Não consigo decidir se acredito ou não.
-Mãê??!
Não gosto da minha indecisão. Não gosto da minha bondade e da minha ainda credibilidade no próximo, na boa vontade do ser humano. Se pensar bem, eu sou o próximo de alguém, e descobri que esse alguém não se importa comigo. Então sacrifício pra que? Odeio meu gosto requintado e a minha mania de grandeza, pois sendo assim, fica sempre difícil me satisfazer, e por mais tempo fico descontente. Odeio magoar quem me ama. Odeio amar.
-E agora?? ( de frente pro espelho).
Porque pensar? Pensar demais geram dúvidas, e eu sou péssimo em resolver isso(como já disse, odeio minha indecisão). Precisa mesmo gostar pra se estar junto? Porque existe o “padrão” ? Pra que as pessoas possam sentir-se inferiores a o que elas são/têm/acreditam? Para que existe razão se no final todos se decepcionam por ilusões? Para que existe coração? (coloquial).
(suspiros)
Eu queria voar. Queria sumir pra dar notícias pelo telefone, assim não seria detalhista e colocaria a culpa no preço da ligação (internacional, quem sabe). Queria ser mau. Eu queria ser astronauta. Eu queria amar, não novamente, mas amar. Também queria deixar de ser otário. Queria não ter os pés planos. Queria ser astronauta(reforçar o desejo).
De tudo, o que talvez eu mais almejo, seria a capacidade de ser algo improvável, algo não possível, totalmente surreal. Assim poderia dizer que sou diferente, que sou especial, que não sou mais um na multidão a disputar por vagas e chances durante todas as horas da minha vida.


-Motorista, pare o mundo, eu quero descer.



HuG.

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