sábado, 9 de fevereiro de 2008

150mg


Me sinto tonto.
me sinto num porre descomunal. Um porre que não passa...
Bebi uma cachaça chamada 'dezoito/dezenove anos'.
Tudo parece não fazer sentido ao redor. As vezes penso ter, dai vejo que falta... que eu devo.
Ou que não ha chances alguma de vir a ter seja lá o que for.
Aquela vontade de...
de...
Vazio.
Será que só um segurar de mãos bastaria??
Sinceramente não sei a resposta porque não tenho isso no momento.
Porque essa lei da física de ' quanto menos se espera, acontece, e quanto mais se pede, menos vem/tem' é mais certa que a própria lei da gravidade.
Sério, ou vocês não sabiam que os monges indianos podem voar??
Eu sabia.
E eu já quis voar.
Nunca pensei que um rumor ruim fosse estragar o meu luar.
Tô me sentindo preso e ao mesmo tempo só. E isso não está me fazendo bem.
Olho no espelho e me desespero de vez.
Cadê a minha melhor amiga?
Ora não me venham com sermões.
-vai passar.
Então porque nãao passa logo??
-Calma.
Me dá 150mlg de dramim.
Dai minha respiração cessou.
Desacelerou. Pensava no que me fazia suar antes e nada acontecia.
Só não sorria porque não era Prozac.
Mas aquela sensação boa de tocar o nada, ou de olhar tudo em volta e ver o quanto a vida torna-se mais fácil depois de durmir.
Como se o sono fosse um orgasmo de horas, e quando você acordar, se sentirá mais leve, mais desposto. Mais corajoso para enfrentar seja lá oque seja e, porque não, mais feliz.
Calor não faz mais calor.
Suor escorre pelas costas, mas deixa; é bom porque parece uma carícia feita por aguém.
Deixa eu imaginar.
Deixa eu criar minha realidade.
Deixa eu invertar e brincar de ser normal, de ser que nem as pessoas felizes.
Dai eu fecho os olhos e vejo tudo pintado nas telas do surrealismo.
Vejo também minhas vontades serem realizadas e também olha que legal...
Vejo-me sorrindo.
Vejo-me surpreendentemente feliz.
Vejo-me satisfeito.
E o último sim é um sonho.

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