A vontade de quando se ouve uma música e essa lhe provoca euforia por dentro; aquela que te faz dançar seja qual for o lugar. A sensação de tê-lo aos braços de alguém. Colo já tinha um outro significado para Augustus. O significado verdadeiro, pensou ele. E por mais uns trinta minutos com o braço cheio de pêlos loiros envolto ao seu peito admirava aquele entardecer. O céu era mais bonito, as estrelas brilhavam mais e até a lata de lixo era mais apreciante. Brinco. Mas Augustus descobria desta vez em pratica o que era o amor. Sim, não pensem que amor só se sente depois das primeiras semanas juntos com alguma pessoa. Existe amor à primeira vista onde que, se apaixona pelo jeito, pelo olhar... pelo agir da pessoa. E Augustus estava amando Louis. Não era superficial, não era antecipado e nem pré demais. Era simplesmente amor. Amor à aquele sorriso que jamais se negava a qualquer que fosse a atitude que tomasse, ou aos beliscões que tinhas um sentido muito mais profundo. Se amor é feio e machuca seja em quais forem os casos, se amor mesmo machuca, se é irrevogável, que fossem pelos beliscões que Louis dava em Algustus a cada vontade que sentia em beijá-lo. Foram então para casa onde a noite apenas começava. No caminho resolveram tomar um carro pois a viajem era um pouco longa e apesar da beleza da cidade iluminada pelas diversas formas de luzes artificiais, Augustus queria e almejava a penumbra de um lugar mais calmo...
Chegado, Augustus se sentia intimidado. Ver aquela cena era contagiante e logo seria impossível não fazer uma careta de admiração pela total desconjuntura daqueles dois. O jeans apertado de Louis não impedia de pôr a mão no bolso. Olhava para Augustus e com um sorriso o velava... admirava o jeito que abra a porta, que girava a maçaneta e, ao pisar dentro de casa se tomou conta de que já estava apaixonado. Isso foi dito, palavra por palavra à Augustus que, mereceu um longo beijo de agradecimento. O sofá. O lugar dos enamorados. A única diferença é que não havia ninguém para os reparar. Isso era bom??
Saber das intenções de um para com o outro não amenizava a timidez, pelo contrário. A eterna dúvida de 'quem vai tomar a iniciativa' os importunava... mas os importunava até o ponto de soltarem uma risada sincronizada. Porém o sangue francês falou mais alto e, tomou a liberdade de balbuciar algumas palavras em sua língua natal. Augustus não entendera, mas vocês que não entenderam. Ao dizer que não havia entendido, aproximou o seu rosto da boca de Louis, meio que involuntariamente, e nisso, as mãos de Louis o puxaram para si e num beijo linear a pele já chamava a outra pele. A meia luz, o som calmo... Louis tirou a camisa e pediu para que deitasse em seu colo. Enrolava aquela mecha loira na tentativa de encaracolá-la sempre fitando seus olhos de crisântemo cor de mel. E se perdia naquele mar dourado. Se perdia e não fazia questão de ser salvo. A menos que fosse o próprio Louis que o pegasse e o levasse dali.
O desejo então falou mais alto. A cobiça de um pelo couro do outro se fez imensamente presente e, num súbito piscar de olhos ambos se enroscavam num abraço só, onde línguas já não tinham donos. Eram um só. A excitação de Louis excitava Augustus que excitava mais Louis. Seu corpo pegava fogo. Naquele momento descobrira então a palavra tesão.
Mesmo na cena dos corpos quase despidos, dos membros quase rijos, o romantismo se fez prevalecer ao toque de mãos... onde Augustus pediu com todo o carinho para que Louis subisse ao seu quarto com ele. As escadas.
No topo, Louis o desejava e o tinha em beijos e carícias quentes. Augustus sabia que ele era querido, mas Louis fazia questão de deixar bem claro a sua vontade. Queria Augustus. Sua boca, seus braços. Agora na cama vestidos da maneira mais pura que se possa imaginar. Era pele com pele e aquela fricção só parecia aumentar, se possível, a excitação e o desejo de um pelo outro. O sugava como num trago de um cigarro... do último cigarro da face de toda a Terra. Os gemidos o faziam quase explodir num gozo descomunal, fenomenal; mas Louis se continha para então guardar... prolongar. Augustus não sabia o que fazia. Digo, não sabia o que o seu corpo fazia pois agia naturalmente em resposta ao de Louis. Tomou então a palavra e, com vergonha, baixinho sussurrou para Louis que tivesse cuidado, paciência e carinho com ele pois, ele tinha medo. Virou um pouco a cabeça para o lado e sorriu dizendo que o amava, e que a demonstração disso seria nunca fazê-lo sentir dor alguma.
Augustus queria se dar por inteiro. Queria ser de alguém e que esse alguém fosse Louis. Num sexo natural, Louis foi então de encontro a Augustus onde sua primeira dor adulta fora sentida. Louis o tomou em suas mãos... tomou seu rosto em mãos e disse que se não quisesse, ainda o amaria. Augustus então decidiu. O beijou e enquanto, deu um suspiro e tomou a decisão de uma vez só. Aquilo assustou e deixou também Louis louco de tesão e, nesse rítmo a noite foi estendida.
Os gozos vinham por beijos, por amassos, por caricias e penetrações. A fome batia sempre nos intervalos e o romantismo aflorava nos mais singelos momentos.
Na varanda se sua casa, Louis o apresentou a sua confidente.
Nus naquela cena...
-Lua, esse aqui é o meu amor.
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