terça-feira, 4 de novembro de 2008

Em mais uma dessas madrugadas modorrentas, me peguei pensando em tal situação.
Revi e vi que para tão pouca idade, mais sinto saudades do que outros sentimentos.
Tanto é que se torna fato por esse ser o segundo post em menos de quinze dias que falo sobre a tal.
Será pelo fato desta ser uma fase transitória, onde irei me deparar com várias coisas e, que futuramente então com idade e poder suficiente, decidirei então o que me fará bem até o fim de meus dias?
Mas e se eu gostar de tudo? Quer dizer, eu gosto de tudo; então o meu destino é ser um frustrado? (mais um?)
Quer dizer que é isso mesmo que significa viver, quer dizer, abdicar de opções contra a vontade?
Eu só não sei.
E sinceramente não reluto pra tentar entender mesmo. Afinal o legal é a surpresa.
Teoricamente.
É até engraçado, mas quando conselhos eu peço para amigos, dizem todos a mesma coisa...
“eu já tive dezenove”...
Mas é fato que cada um é cada um. Ou como diz aquela frase gostosa: “cada sabe a dor e a delicia de ser o que é”
É fato, todos passam pela idade. Mas ter dezenove anos na sociedade de hoje, tendo acompanhado a virada do século e com isso deixado o mundo de pernas pro ar; se deparar quase que diariamente com a inconstância, com a inconformidade pintada de várias cores, ter a rua e os amigos as vezes mais compreensíveis que a própria casa, ser obrigado a omitir.
Entendo que cada um teve de fazer isso ou passou por um ou outro disso... mas eu passo todos os dias dos meus 15, 16, 17, 18 e 19 anos e, possivelmente pelos 20, 22 etc.
Mas quem sou eu para estar reclamando...?
Talvez seja o azul nosferato do quadrado que me cerca, que esteja bloqueando minha visão de futuro, uma visão visionada por aqueles mais velhos onde vêem que, só serei feliz dentro de um casamento com filhos e com o adesivo do ECC no vidro fumê do meu carro com as portas de trás travadas para que as crianças não abram... sabe como são essas crianças. Trabalhando então de segunda a sexta-feira, o sábado será meu dia de relaxar, pois minha esposa me fará um almoço onde irá coser o que mais me agrada e, no domingo levarei as crianças para brincar na casa dos avós.
Talvez o azul nosferato do quadrado que me cerca que esteja bloqueando minha visão do futuro que agora visionada por aguns visionários que dizem para que eu escreva ‘big-bang’ na testa e solte uma bomba por entre os que comumente me cercam nessas horas das madrugadas modorrentas, pois afinal de contas, todo aquele nasce para o mundo fazendo assim com que não deva satisfações da sua existência ou do seu ‘ser’.
Talvez o azul nosferato do quadrado que me cerca esteja bloqueando a minha própria visão de futuro onde eu não consiga saber de nada, onde eu apenas acredite no hoje e no amanhã, onde eu insista na possibilidade em que se pode ser feliz (entre aspas) sozinho tendo dinheiro para se sustentar (com regalias) e para viajar a conhecer o mundo afora (e adentro).

Talvez o azul nosferato do quadrado que me cerca apenas esteja ali por terem sido adicionadas na tinta branca seis bisnagas de corante azul.



HuG

Um comentário:

Unknown disse...

Se tu fores casar... pensa em mim tá? rs