100º post

Quando se fica por 30 horas acordado ininterruptamente, depois de um descanso merecido o cérebro pensa de forma diferente. Descansado. Imagino.
Bom, pelo menos ele não se cansa mais pensando em os mesmos calos.
Assistia o jornal pela manhã e vi o depoimento de uma pessoa comum, que dissera em resposta a jornalista que perguntara o que ela pensava a respeito de um show grátis de um importante cantor a qual tal pessoa presenciava, ela disse que valia a pena ter nascido só pra assistir esse show.
Pensei muito a respeito.
Primeiro pensei em recriminá-la, por ter dito algo tão pequeno, ou melhor, ter feito associação tão pequena, depois tive pena por pensar que a mesma tivesse uma vida sofrida, cuja eram poucas as chances de diversão, entretenimento; depois eu fui eu mesmo e agradeci.
Tá, soa muito egoísmo, mas não é. Se tal pessoa falo aquilo, eu já agradeço por não ser ela, pois sei que não sou ínfimo nem digno de pena.
Acontece que eu reconheci.
Quase uma epifania.
Quando voltava do interior do estado, o vento forte e puro batendo no rosto, que até me fizera adormecer. Na verdade dormitava por pensamentos e microsonhos.
Talvez minha epifania tenha começado neste dia, quando vi que sensação boa é momentânea, costuma acontecer nos intervalos das semanas pesadas que se têm e, nem por isso deixam de ser tão prazerosas.
Acontece que tudo me abriu os olhos das três, cinco ultimas semanas que andei vivendo. No resumão, já sei o que vou responder quando me perguntarem como eu estou.

Bem.


HuG