Já percebi que esse será um mês em que mais me encontrarei aqui. Dia tedioso praticamente me obrigou a vir despejar aqui o que me importunava no meu ócio silêncioso e sonolento.
Cabeça cheia desde o último fim de semana.
O que me preocupa? A diversidade de versões que possa existir. Versões de caráter, versões de história e até de humôr.
E então a minha tal ficha caiu, onde descobri/percebi o quanto estava sendo enganado. Agora só me falta descobrir a finalidade, se era para divertimento próprio, se era para me testar ou para me conhecer melhor. Exitem tantas formas de se amar que essa não me surpreenderia.
Surpresa...
há tempos que não fico surpreso.
A última vez foi quando um sorriso me arrancou um outro; mas já nem sei se nisso devo acreditar.
Penso que já nem tenha a liberdade de reclamar, pois como ainda não pago impostos, seja somente um mero aspirante a adulto mimado.
Que seja.
Então me peguei com um cansaço que, cansava-me. Que cansou-me de tanto sentir-me cansado que foi causado por sei lá o que.
Já que eu não faço nada.
Já sinto saudades de quem mal me nota.
Já sinto saudades de quem mal me quer.
Esse sou eu, fazer o que?
Então vejo que a sulução seria cuidar de mim. Cuidar do meu eu para que primeiramente eu não enlouqueça nesse cabo-de-guerra gigante que é a vida.
Opções desleais.
Desnecessárias, diria.
Penso que vá começar a empurrar as coisas com a barriga. Não adianta se esforçar; reconhecimento próprio é um saco. Fora que as vezes é duvidoso.
Vou empurrar o tempo com a barriga para que passe logo, para que chegue o dia em que eu possa finalmente ser eu. Em que possa finalmente sorrir de verdade. O dia em que eu não esteja aqui.
HuG
John John, Johnnies, Johnzinho, Jontex, J.J. . 21 anos. Estudante de Direito. Vigoréxico. Narcisista. Disc Jockey. Flagger. Massificação de intelecto atravéz de experiências cotidianas.
segunda-feira, 30 de junho de 2008
Avesso (Jorge Vercilo)
Nós já temos encontro marcado
Eu só não sei quando
Se daqui a dois dias
Se daqui a mil anos
Com dois canos pra mim apontados
Ousaria te olhar, ousaria te ver
Num insuspeitavel bar, pra decência não nos ver
Perigoso é te amar, doloroso querer
Somos homens pra saber o que é melhor pra nós
O desejo a nos punir, só porque somos iguais
A Idade Média é aqui
Mesmo que me arranquem o sexo, minha honra, meu prazer
Te amar eu ousaria
E você, o que fará se esse orgulho nos perder?
No clarão do luar, espero
Cá nos braços do mar me entrego
Quanto tempo levar, quero saber se você
É tão forte que nem lá no fundo irá desejar
No clarão do luar, espero
Cá nos braços do mar me entrego
Quanto tempo levar, quero saber se você
É tão forte que nem lá no fundo irá desejar
O que eu sinto, meu Deus, é tão forte!
Até pode matar
O teu pai já me jurou de morte por eu te desviar
Se os boatos criarem raízes
Ousarias me olhar, ousarias me ver
Dois meninos num vagão e o mistério do prazer
Perigoso é me amar, obscuro querer
Somos grandes para entender, mas pequenos para opinar
Se eles vão nos receber é mais fácil condenar ou noivados pra fingir
Mesmo que chegue o momento que eu não esteja mais aqui
E meus ossos virem adubo
Você pode me encontrar no avesso de uma dor
No clarão do luar, espero
Cá nos braços do mar me entrego
Quanto tempo levar, quero saber se você
É tão forte que nem lá no fundo irá desejar
No clarão do luar, espero
Cá nos braços do mar me entrego
Quanto tempo levar, quero saber se você
É tão forte que nem lá no fundo irá desejar.
ouvi no carro da Renata...
música rara...
droga =\
Eu só não sei quando
Se daqui a dois dias
Se daqui a mil anos
Com dois canos pra mim apontados
Ousaria te olhar, ousaria te ver
Num insuspeitavel bar, pra decência não nos ver
Perigoso é te amar, doloroso querer
Somos homens pra saber o que é melhor pra nós
O desejo a nos punir, só porque somos iguais
A Idade Média é aqui
Mesmo que me arranquem o sexo, minha honra, meu prazer
Te amar eu ousaria
E você, o que fará se esse orgulho nos perder?
No clarão do luar, espero
Cá nos braços do mar me entrego
Quanto tempo levar, quero saber se você
É tão forte que nem lá no fundo irá desejar
No clarão do luar, espero
Cá nos braços do mar me entrego
Quanto tempo levar, quero saber se você
É tão forte que nem lá no fundo irá desejar
O que eu sinto, meu Deus, é tão forte!
Até pode matar
O teu pai já me jurou de morte por eu te desviar
Se os boatos criarem raízes
Ousarias me olhar, ousarias me ver
Dois meninos num vagão e o mistério do prazer
Perigoso é me amar, obscuro querer
Somos grandes para entender, mas pequenos para opinar
Se eles vão nos receber é mais fácil condenar ou noivados pra fingir
Mesmo que chegue o momento que eu não esteja mais aqui
E meus ossos virem adubo
Você pode me encontrar no avesso de uma dor
No clarão do luar, espero
Cá nos braços do mar me entrego
Quanto tempo levar, quero saber se você
É tão forte que nem lá no fundo irá desejar
No clarão do luar, espero
Cá nos braços do mar me entrego
Quanto tempo levar, quero saber se você
É tão forte que nem lá no fundo irá desejar.
ouvi no carro da Renata...
música rara...
droga =\
domingo, 29 de junho de 2008
Queria escrever-te um poema, algo que falasse da importância que tens e representa no meu dia a dia.
De como és fonte e causador de várias acões na minha vida, já.
Mas me pego mareado, distante e já sem razões de sorrir.
Revejo os factos que me levaram a isso e ainda lagrimando sorrio; pois percebo que se estou assim, triste e saudoso, é porque mexestes comigo, e pra mexer dessa forma, somente sendo especial do jeito que és.
A cada suspiro que dou, a cada distância que vou, a cada 'enfim' que eu digo, um sorriso oculto eu dou.
Enfim...
De como és fonte e causador de várias acões na minha vida, já.
Mas me pego mareado, distante e já sem razões de sorrir.
Revejo os factos que me levaram a isso e ainda lagrimando sorrio; pois percebo que se estou assim, triste e saudoso, é porque mexestes comigo, e pra mexer dessa forma, somente sendo especial do jeito que és.
A cada suspiro que dou, a cada distância que vou, a cada 'enfim' que eu digo, um sorriso oculto eu dou.
Enfim...
quinta-feira, 26 de junho de 2008
Ahh, se o coração pudesse falar, a poluição sonora seria mais evidente quanto o calor na minha cidade ou o frio nos extremos do mundo. Penso que com duas coisas não dê para se brincar; com água e com sentimentos. Essa história de ser vacinado, ou de saber onde parar cada vez mais se torna uma tese furada ao passar dos meus anos.
Claro, o fator experiência conta e muito, mas sempre se está sujeito a sentir-se balançado seja lá pela qual for a situação, contudo que mexa com você.
Seria fato a porcentagem de pessoas que optariam por nascer sem um ''coração''. Mas teria então graça a vida se não for pelos desafios que ela nos proporciona?
Teria graça não chorar, não sentir dor, não lamentar?
Encomodar eu sei que encomoda, porque me encomoda também.
Poderiamos então inventar uma espécie de morfina para essa dor?
Sabe, penso que ela já exista, e se chama verdade. Essa história de que verdade dói é como o próprio ditado diz, uma história. Sucumbir-se, deixar consumir-se por mentiras, isso sim machuca pacas.
Parte; dói... maltrata.
A verdade não dita pelo outro, mas a enxergada por si só.
é fato que na maioria dos casos que conheci, que presenciei tais circunctâncias a verdade só aparecia nos estágios terminais de ego...
tristeza.
Posso então tomar dores?
Não é correto. Demostrar que ama atravez não de devoção, mas de disposição.
Complicado, -me diriam- se caso estivesses tu no meu lugar de amigo...
dai responderia que passo por situação parecida e, que graças, acabei entendendo que nesse momento, a melhor forma de demosntrar o meu amor é apenas estando.
Sim, estando... estando presente, estando calado... estando.
Afinal, o que é felicidade, meu amor?
HuG
Claro, o fator experiência conta e muito, mas sempre se está sujeito a sentir-se balançado seja lá pela qual for a situação, contudo que mexa com você.
Seria fato a porcentagem de pessoas que optariam por nascer sem um ''coração''. Mas teria então graça a vida se não for pelos desafios que ela nos proporciona?
Teria graça não chorar, não sentir dor, não lamentar?
Encomodar eu sei que encomoda, porque me encomoda também.
Poderiamos então inventar uma espécie de morfina para essa dor?
Sabe, penso que ela já exista, e se chama verdade. Essa história de que verdade dói é como o próprio ditado diz, uma história. Sucumbir-se, deixar consumir-se por mentiras, isso sim machuca pacas.
Parte; dói... maltrata.
A verdade não dita pelo outro, mas a enxergada por si só.
é fato que na maioria dos casos que conheci, que presenciei tais circunctâncias a verdade só aparecia nos estágios terminais de ego...
tristeza.
Posso então tomar dores?
Não é correto. Demostrar que ama atravez não de devoção, mas de disposição.
Complicado, -me diriam- se caso estivesses tu no meu lugar de amigo...
dai responderia que passo por situação parecida e, que graças, acabei entendendo que nesse momento, a melhor forma de demosntrar o meu amor é apenas estando.
Sim, estando... estando presente, estando calado... estando.
Afinal, o que é felicidade, meu amor?
HuG
terça-feira, 10 de junho de 2008
''Lord don't leave me, all by myself''
Já há um tempo que não me encontro sem sono.
Antes em minhas noites perdidas, na companhia de um robusto garan escrevia por entre as matémáticas e as químicas; escrevia coisas aspirantes à crônicas.
Hoje ainda não digo que enfim consegui escrever uma... mas vou levando como tudo deve ser levado nessa vida. Com sorrisos.
Na faculdade passei por uma semana sem igual. A companhia prazeirosíssima dos amigos junto com o acaso nos proporcionaram momentos únicos.
Verdadeiros corais de águas salgadas.
Chato seria se sempre fosse assim, é verdade sim.
Tenho de me policiar pelos pensamentos distantes. São incontroláveis, eu sei, mas ao menos policiar-me para não ficar distante. As vezes nos intervalos de um aparelho para outro na academia é inevitável... a tua respiração e circulação sangüinea de agitada começam a cessar... e junto vem uma sensação de descanso... conforto.
Talvez a semana que esteja pedindo para que eu fique assim.
Na televisão só se fala dessa coisa sem tato, sem paladar, sem cheiro e invisível que todo mundo busca.
Loucura, não?? Já pensara pra pensar??
Então vendo 'simplesmente amor' na sessão da tarde, 'como se fosse a primeira vez' no intercine... de corujão passa 'o vento levou' e ainda com 'a razão do meu afeto' na cabeça'... não dá pra não pensar;
é.
Ainda por cima ouvindo 'moby'...
tão calmo... saudoso.
Penso que precise viajar novamente. Não para o mesmo destino; e talvez nem para o destino esperado.
Talvez precise ler o manual do marinheiro, para que aprenda a me apaixonar em cada porto que eu fora abarcar durante essa minha vida.
E aprenda não a esquecer, mas a conviver com isso.
HuG
Antes em minhas noites perdidas, na companhia de um robusto garan escrevia por entre as matémáticas e as químicas; escrevia coisas aspirantes à crônicas.
Hoje ainda não digo que enfim consegui escrever uma... mas vou levando como tudo deve ser levado nessa vida. Com sorrisos.
Na faculdade passei por uma semana sem igual. A companhia prazeirosíssima dos amigos junto com o acaso nos proporcionaram momentos únicos.
Verdadeiros corais de águas salgadas.
Chato seria se sempre fosse assim, é verdade sim.
Tenho de me policiar pelos pensamentos distantes. São incontroláveis, eu sei, mas ao menos policiar-me para não ficar distante. As vezes nos intervalos de um aparelho para outro na academia é inevitável... a tua respiração e circulação sangüinea de agitada começam a cessar... e junto vem uma sensação de descanso... conforto.
Talvez a semana que esteja pedindo para que eu fique assim.
Na televisão só se fala dessa coisa sem tato, sem paladar, sem cheiro e invisível que todo mundo busca.
Loucura, não?? Já pensara pra pensar??
Então vendo 'simplesmente amor' na sessão da tarde, 'como se fosse a primeira vez' no intercine... de corujão passa 'o vento levou' e ainda com 'a razão do meu afeto' na cabeça'... não dá pra não pensar;
é.
Ainda por cima ouvindo 'moby'...
tão calmo... saudoso.
Penso que precise viajar novamente. Não para o mesmo destino; e talvez nem para o destino esperado.
Talvez precise ler o manual do marinheiro, para que aprenda a me apaixonar em cada porto que eu fora abarcar durante essa minha vida.
E aprenda não a esquecer, mas a conviver com isso.
HuG
quarta-feira, 4 de junho de 2008
O dia terminava complicado como se já não me bastasse os problemas financeiros, o frio me rachava os lábios e narinas internas onde meu coração acelerava se me provocava vontade de espirrar.
O caminho não foi acertado, por isso desci não em casa, mas próximo. Tudo bem pois já sabia o caminho. Pensei que até me faria bem, tomar aquela brisa gelada no rosto.
Pensei que sim por estar muito bem agasalhado, por ter acabado de consumir algo quente e degustante.
Como sempre fazendo juz ao meu ego.
Até topar com um simples ser. Simples na altura por ser pequena; simples nas formas por ser uma criança, simples nas roupas por serem poucas. Aquela expressão desde aquele dia rezo para que nunca mais a veja pela minha vida à frente.
Eu não sou de olhar para os lados. Ao caminhar, geralmente ponho algo na cabeça (ou nos ouvidos) que não me fazem prestar atenção, mal ao trânsito. Nessa noite foi diferente. Tive azar. Será?
Aquele rosto me trouxe lembranças familiares. Por isso me senti tão comovido ao ponto de parar e ouvir o que ele tinha a me dizer.
As sandálias de dedos nos pés sob aquele chão de 14º centígrados me fizeram traçar um emaranhado de sentimentos e sensações.
Ao ouvir aquelas poucas palavras pronunciadas com dificuldade pela gagueira acentuada, meu peito só acelerava. Por um segundo pude sair do meu corpo e ver aquela cena de um outro ângulo. Me vi agasalhado, com todas as mordormias que um cara de dezenove anos pode ansiar em frente a uma criança que não devia ter mal uma cama ou uma refeição decente todos os dias. Pedi com fé por ele e agradeci em meu nome.
A cada palavra enfim pronunciada meu coração se partia mais. Ao final pode então entender que precisara de um quarto de um real para comprar um pacote de biscoitos.
Na minha ânsia não dei um, nem três, mas dez vezes mais o que ele tinha me pedido. E ao fim pedi que fosse para casa. Na minha talvez igenuidade de acreditar que ele tivesse um lar.
Aquilo não me amenizou nenhum pouco. Mas em pensar que eu estava triste por não ter encontrado as coisas que eu queria comprar, ou por meus cartões de crédito (no plural mesmo) terem dado defeitos, resolvi calar a boca e agradecer por ter sido somente isso.
Ao final desse pensamento, prestes a atravessar a rua uma senhora idosa, com uma bengala na mão esquerda me chama a atenção. Ela me chama e me diz uma frase que me deixara com aquela vontade inconsciente de responder em retruco: -como?
Ela me disse; -Você o ajudou a comprar drogas.
-Como? -eu retruquei querendo não acreditar.
-Eu moro neste local e o conheço há anos e sempre o vejo fazendo isso.
Neste momento senti-me nu. Senti-me a pior pessoa que se pode imaginar. Senti-me tendo colaborado para que aquele pequeno menino morresse.
Disse então: -Senhora eu não sabia. Ele me foi tocante e eu não sabia o que fazer. Me perdoe.
O olhar daquela senhora me fez por entendido.
Ao voltar a caminhar meus olhos se enchiam e ficavam um pouco menos vermelhos que o meu nariz.
Olhares acompanhavam o meu soluçar pelas ruas. O meu endereço parecia mais distante quanto mais insistia em chorar. Quanto mais insistia em parar.
Mal conseguia abrir a porta. Joguei minhas coisas na cama com cuidado para não acordar meu irmão que dormia na cama ao lado. Tomei meus cigarros e abri a janela sem medo do frio. Não mais prendia o choro... a dor era tamanha que me fizera chorar por quase quarenta minutos. Pensava que por minha culpa aquele garotinho não teria as mesmas chances que eu tive. Nem as perspectivas, sonhos... eu destrui uma vida e eu não sabia como lidar com isso. Não tinha naquele momento nenhum tipo de consolo. Nem a fumaça do meu cigarro eu conseguia ver.
Meu coração partiu. Eu não sabia o que fazer a não ser chorar.
De repente o celular acusou alguém. Era um amigo que me chamara ao seu encontro para uma despedida. Ao chegar ao seu encontro, depois de lhe contar tudo ganhei um abraços e palavras que me fizeram acalmar-me o peito. Não esqueci de nada do que me aconteceu. Mas por um momento pude ficar mais calmo até poder respirar normalmente.
HuG
O caminho não foi acertado, por isso desci não em casa, mas próximo. Tudo bem pois já sabia o caminho. Pensei que até me faria bem, tomar aquela brisa gelada no rosto.
Pensei que sim por estar muito bem agasalhado, por ter acabado de consumir algo quente e degustante.
Como sempre fazendo juz ao meu ego.
Até topar com um simples ser. Simples na altura por ser pequena; simples nas formas por ser uma criança, simples nas roupas por serem poucas. Aquela expressão desde aquele dia rezo para que nunca mais a veja pela minha vida à frente.
Eu não sou de olhar para os lados. Ao caminhar, geralmente ponho algo na cabeça (ou nos ouvidos) que não me fazem prestar atenção, mal ao trânsito. Nessa noite foi diferente. Tive azar. Será?
Aquele rosto me trouxe lembranças familiares. Por isso me senti tão comovido ao ponto de parar e ouvir o que ele tinha a me dizer.
As sandálias de dedos nos pés sob aquele chão de 14º centígrados me fizeram traçar um emaranhado de sentimentos e sensações.
Ao ouvir aquelas poucas palavras pronunciadas com dificuldade pela gagueira acentuada, meu peito só acelerava. Por um segundo pude sair do meu corpo e ver aquela cena de um outro ângulo. Me vi agasalhado, com todas as mordormias que um cara de dezenove anos pode ansiar em frente a uma criança que não devia ter mal uma cama ou uma refeição decente todos os dias. Pedi com fé por ele e agradeci em meu nome.
A cada palavra enfim pronunciada meu coração se partia mais. Ao final pode então entender que precisara de um quarto de um real para comprar um pacote de biscoitos.
Na minha ânsia não dei um, nem três, mas dez vezes mais o que ele tinha me pedido. E ao fim pedi que fosse para casa. Na minha talvez igenuidade de acreditar que ele tivesse um lar.
Aquilo não me amenizou nenhum pouco. Mas em pensar que eu estava triste por não ter encontrado as coisas que eu queria comprar, ou por meus cartões de crédito (no plural mesmo) terem dado defeitos, resolvi calar a boca e agradecer por ter sido somente isso.
Ao final desse pensamento, prestes a atravessar a rua uma senhora idosa, com uma bengala na mão esquerda me chama a atenção. Ela me chama e me diz uma frase que me deixara com aquela vontade inconsciente de responder em retruco: -como?
Ela me disse; -Você o ajudou a comprar drogas.
-Como? -eu retruquei querendo não acreditar.
-Eu moro neste local e o conheço há anos e sempre o vejo fazendo isso.
Neste momento senti-me nu. Senti-me a pior pessoa que se pode imaginar. Senti-me tendo colaborado para que aquele pequeno menino morresse.
Disse então: -Senhora eu não sabia. Ele me foi tocante e eu não sabia o que fazer. Me perdoe.
O olhar daquela senhora me fez por entendido.
Ao voltar a caminhar meus olhos se enchiam e ficavam um pouco menos vermelhos que o meu nariz.
Olhares acompanhavam o meu soluçar pelas ruas. O meu endereço parecia mais distante quanto mais insistia em chorar. Quanto mais insistia em parar.
Mal conseguia abrir a porta. Joguei minhas coisas na cama com cuidado para não acordar meu irmão que dormia na cama ao lado. Tomei meus cigarros e abri a janela sem medo do frio. Não mais prendia o choro... a dor era tamanha que me fizera chorar por quase quarenta minutos. Pensava que por minha culpa aquele garotinho não teria as mesmas chances que eu tive. Nem as perspectivas, sonhos... eu destrui uma vida e eu não sabia como lidar com isso. Não tinha naquele momento nenhum tipo de consolo. Nem a fumaça do meu cigarro eu conseguia ver.
Meu coração partiu. Eu não sabia o que fazer a não ser chorar.
De repente o celular acusou alguém. Era um amigo que me chamara ao seu encontro para uma despedida. Ao chegar ao seu encontro, depois de lhe contar tudo ganhei um abraços e palavras que me fizeram acalmar-me o peito. Não esqueci de nada do que me aconteceu. Mas por um momento pude ficar mais calmo até poder respirar normalmente.
HuG
segunda-feira, 2 de junho de 2008
4minutes
Voltei.
Será?
é óbvio que não.
Como estava a comentar com um amigo (inclusive que tem um gosto maravilhoso para músicas - salvo que fique claro que escrevi isso porque sei que ele vai ler o meu blog-) a experiência... conhecer o novo e a sensação de adicionar, tanto você ao outro e vice-versu não tem preço. Não há carro, não há dinheiro que me faça sorrir tanto quanto o prazer de ser prazeiroso a alguém.
Hoje me deparei com um quintal cheio de amigos saudosos. Sorrisos...
Hoje eu me deparei com um ser tal que mal consigo definí-lo.
Talvez tenha um termo... complicado.
Risos.
E bem sabemos que um dos meus passa-tempos é desatar nós.
Brinco. Longe de mim complicar a vida de alguém, mas...
A vida é tão simples por si só...
e se não a complicamos, não exercitamos a acção que nos fora concebido de buscar por algo... de lutar. De infrentar.
O sabor é bem mais degustante quando se luta por aquilo que quer.
Mas é aquela questão: eu a cada dia que passa não sou mais eu... sou o John.
E é tão difícil de entender isso. Eu não entendo as vezes.
Foda-se... tô viajando.
Bom, a viajem foi linda, as pessoas foram maravilhosas, o retorno então... sem igual.
Espero viajar mais vezes para poder ter cada um desses por mais vezes; pois suspeito que infelizmente o último não será tão bom.
Whatever.
HuG
Será?
é óbvio que não.
Como estava a comentar com um amigo (inclusive que tem um gosto maravilhoso para músicas - salvo que fique claro que escrevi isso porque sei que ele vai ler o meu blog-) a experiência... conhecer o novo e a sensação de adicionar, tanto você ao outro e vice-versu não tem preço. Não há carro, não há dinheiro que me faça sorrir tanto quanto o prazer de ser prazeiroso a alguém.
Hoje me deparei com um quintal cheio de amigos saudosos. Sorrisos...
Hoje eu me deparei com um ser tal que mal consigo definí-lo.
Talvez tenha um termo... complicado.
Risos.
E bem sabemos que um dos meus passa-tempos é desatar nós.
Brinco. Longe de mim complicar a vida de alguém, mas...
A vida é tão simples por si só...
e se não a complicamos, não exercitamos a acção que nos fora concebido de buscar por algo... de lutar. De infrentar.
O sabor é bem mais degustante quando se luta por aquilo que quer.
Mas é aquela questão: eu a cada dia que passa não sou mais eu... sou o John.
E é tão difícil de entender isso. Eu não entendo as vezes.
Foda-se... tô viajando.
Bom, a viajem foi linda, as pessoas foram maravilhosas, o retorno então... sem igual.
Espero viajar mais vezes para poder ter cada um desses por mais vezes; pois suspeito que infelizmente o último não será tão bom.
Whatever.
HuG
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